São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 1994
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Crefisul recupera a saúde e volta a dar lucro

DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Crefisul tomou trombadas violentas e cansou de errar. Chegou ao fundo do poço em 90, quando teve prejuízo de US$ 8 milhões. A prosperidade voltou. Com a saúde recuperada, ousa passos mais agressivos. O início de 94, por exemplo, marca o lançamento de um produto que pode virar moda.
Conhecido no mercado como securitização de créditos a receber, o Crefisul está montando uma operação de captação de recursos de US$ 80 milhões para a Mesbla Automóveis e outra de US$ 10 milhões para a Construtora Encol. O Crefisul criou um papel que tem como garantia os recebimentos futuros das empresas. Esse título é comprado por investidores que ganham juros fixos. A empresa, por sua vez, antecipa o dinheiro.
A nova fase só foi possível depois de árduo empenho dos executivos do banco, comandados pelo engenheiro Silvio Carvalho, profissional formado no Citibank.
Ex-jogador de vôlei, Carvalho faz como os melhores do mundo no esporte. Privilegia a concentração e a marcação dos movimentos do adversário.
Carvalho continuou o processo iniciado pelo seu antecessor, Alvaro de Souza, hoje presidente do Citibank. Depois de encerrar 92 com lucro de US$ 5,1 milhões, conseguiu ganhar mais US$ 4 milhões até setembro de 93.
Os problemas começaram quando o banco emprestou dinheiro para Naji Nahas operar no mercado de ações. Nahas quebrou em 89. Em 90, veio o Plano Collor. Somaram-se equívocos estratégicos.
"Estamos recuperados e agora nossa missão é a de criar um banco próprio, com personalidade", afirma Carvalho. (NH)

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