São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 1994
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Título ligado ao cinema rende de acordo com a bilheteria

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O mercado financeiro passará a contar no próximo mês com um produto atípico: um título que rende conforme o sucesso de uma obra audiovisual e que será o único a oferecer isenção fiscal. É o Certificado de Investimentos em Obra Audiovisual, ativo que nasceu do interesse do mercado em diversificar sua atuação e da necessidade de recuperar o cinema nacional.
Regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários e com estréia em 7 de fevereiro, o título é igual a qualquer outro na operacionalização. Após obter aprovação de seu projeto pelo Ministério da Cultura, o cineasta passa a vender ações do filme, que podem ser negociadas em Bolsa. A rentabilidade vai depender da bilheteria e de outros tipos de comercialização.
O governo autorizou o lançamento do valor investido no título como despesa operacional das empresas, reduzindo o imposto a pagar. Apurado o lucro, a empresa poderá descontar até 1% do investimento no imposto devido. Pessoas físicas poderão abater até 3%.
"O investidor já começa ganhando, pois está deixando de pagar imposto", afirma Luiz Carlos Barreto, cineasta. O título foi idealizado pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima), interessada em desenvolver um conceito de "supermercado financeiro", destinado a pequenas instituições, diz Paulo Roberto Mendonça, superintendente-geral da Andima.

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