São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994 |
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Dívida externa cai R$ 8 bilhões
ANTONIO CARLOS SEIDL; SUZANA BARELLI
``A posição patrimonial do Brasil é invejável depois de três meses do real", disse o ministro Ciro Gomes (Fazenda) na sexta-feira à noite em São Paulo. Ao anunciar o balanço patrimonial do setor público. Ciro destacou as condições favoráveis para a continuidade do plano de estabilização. Segundo o ministro, o país reconquistou o crédito externo, há um consenso, na população, de que é preciso acabar com a inflação e a dívida interna é mínima. A dívida mobiliária, por exemplo, citou o ministro, passou de R$ 58,8 bilhões (junho) para R$ 52,7 bilhões 9setembro). Também do lado do passivo o FCVS (Fundo de Compensação de Variação Salarial) aumentou de R$ 23,9 bilhões para R$ 26,7 bilhões após três meses de Plano Real. O ministro destacou a valorização das ações do governo nas cinco maiores empresas estatais do país, que mais do que dobrou em três meses. Era de R$ 12,6 bilhões e fechou setembro com R$ 25,4 bilhões. As reservas internacionais, em compensação, caíram. Em junho estavam em R$ 40,7 bilhões e agora são de R$ 38 bilhões. "A minha tarefa, até 31 de dezembro é provar que o Plano Real é para valer", disse Ciro. Mas o ministro reconhece que há fatores que "jogam contra" o plano. Entre eles, estão a cultura da indexação, a alta dos salários nominais no setor público e da commodities no mercado internacional e a seca, que prejudica a safra agrícola. "Por fim, a demanda aquecida, uma inimiga conjuntural, porque é potenciamente explosiva. (Antonio Carlos Seidel e Suzana Barelli) Texto Anterior: Urnas legitimaram posição de FHC, diz Ciro Próximo Texto: Governo estuda incentivos à exportação Índice |
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