São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
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Petroleiros se aliam à empresa

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

Após liderar uma greve de dez dias por um reajuste salarial de 108% não conquistado, a FUP (Federação Única dos Petroleiros), que representa 21 sindicatos, se une à empresa para repelir a retomada da discussão do monopólio a partir da greve.
O argumento é que sendo a produção e refino de petróleo um monopólio da Petrobrás, o abastecimento fica em risco toda vez que seus empregados entram em greve.
``O pessoal fez greve e não faltou produto (combustível). Não se deveria aproveitar a greve para reabrir esse tema" disse José Fantine.
``Tivemos uma greve forte e a população não foi afetada, inclusive com as eleições transcorrendo sem problemas", faz eco David Soares de Souza, diretor da FUP.
Mas para Fernando Siqueira, da Aepet, a retomada da discussão é um indicador certo de que o novo governo irá apresentar proposta de quebra do monopólio quando a revisão constitucional for retomada.
A esperança de Siqueira quanto à não concretização desse prognóstico se sustenta na tese de que Fernando Henrique Cardoso tentará também mudar a Constituição para se eleger por mais um mandato.
``Como ele vai querer se reeleger, acreditamos que não queira se queimar na primeira gestão", afirmou.

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