São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
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Encargo pesa sobre salário

MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os encargos sociais pagos pelas empresas representam mais do que o próprio salário pago ao empregado. Estudo do economista José Pastore mostra que os encargos elevam os salários em 102,06%.
Somente as obrigações sociais (INSS, FGTS, salário-educação etc.) representam 35,8% (ver tabela).
Segundo Pastore, o ``tempo não trabalhado" (repouso semanal, férias e seu abono, feriados, aviso-prévio e auxílio-enfermidade) representa mais 38,23%. Com o 13º e despesas de rescisão contratual são mais 13,48%.
Há, ainda, os reflexos das obrigações sociais sobre o ``tempo não trabalhado" e a incidência do FGTS no 13º salário, que soman 14,55%. No total, são 102,06%.
Estudo da Receita Federal revela que a tributação sobre o consumo, trabalho e capital no Brasil não acompanha a tendência internacional.
Entre 84 e 91 o consumo no Brasil foi tributado à média de 16,75%, contra 12,65% nos países da OCDE. O trabalho paga 19,27%, contra 32,83%. O capital paga apenas 8,18% no Brasil, contra 38,43% na OCDE.
(MCz)

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