São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
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Alagoanos vão exigir cargo e verba de FHC

ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

Os políticos alagoanos empenhados na campanha vitoriosa de Fernando Henrique Cardoso à Presidência vão exigir dele um ministério e aval do governo federal para que seu Estado contraia dívida de US$ 500 milhões junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
A reivindicação se baseia no fato de que Alagoas concedeu a maior votação proporcional que o presidente eleito teve no país. FHC recebeu 76,18% dos votos válidos dos eleitores locais.
O nome que os alagoanos sugerem para ministro é o do senador reeleito Teotonio Vilela Filho, que por ser do PSDB, mesmo partido de FHC, passou a ser o político mais influente de Alagoas junto ao governo federal.
``Não recebi nenhum convite. O Fernando Henrique está livre para escolher seu ministério. Falam no meu nome para a pasta das Minas e Energia porque eu presidi a comissão do Senado destinada ao assunto", afirmou Vilela.
O percentual de votos obtido pelo tucano, segundo seu ex-vice, senador Guilherme Palmeira (PFL-AL), pesa tanto para que o futuro governo ajude financeiramente Alagoas quanto para a composição do ministério.
``A votação expressiva que FHC teve no Estado nos credenciou mais para termos uma participação no governo e para que o governo FHC ajude Divaldo Suruagy (governador eleito pelo PMDB)", disse Palmeira.
A primeira disputa que o governo Suruagy terá com a futura gestão do PSDB será relativa ao aval que o governo federal tem de dispensar a Alagoas para que contraia um financiamento de US$ 500 milhões junto ao BID.
O dinheiro será usado em obras de infra-estrutura. O BID já tem conhecimento do projeto do governador eleito.
Por ser candidato de todas as oligarquias alagoanas, Suruagy foi peça decisiva na expressiva votação de FHC no Estado. O peemedebista foi eleito com 79,5% dos votos válidos.

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