São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994 |
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Disputa na Câmara pode implodir maioria
RAQUEL ULHÔA
Como maior partido da Câmara, o PMDB não abre mão de indicar o presidente e há sinalização de que poderia obter o apoio do PSDB. Em troca, o PMDB passaria a apoiar FHC. Essa articulação esbarra na pretensão do PFL –integrante da coligação que elegeu FHC– de ocupar a presidência da Câmara. Um dos candidatos do PFL ao cargo, o atual presidente Inocêncio Oliveira (PE), que está em campanha, pediu apoio do presidente do PMDB, deputado Luiz Henrique (SC), na semana passada. Como resposta, ouviu que o PMDB tem direito ao cargo, por ser a maior bancada no Congresso. O regimento da Câmara determina que a presidência seja ocupada pelo maior partido ou bloco. O próprio Luiz Henrique não descarta a possibilidade de ser candidato, mas evita falar nisso agora. Outro que já manifestou a Luiz Henrique sua intenção de candidatar-se é Gonzaga Mota, do Ceará. Inocêncio está negociando apoio e afirma ter a ``solidariedade" da maioria dos atuais deputados que foram reeleitos, mas enfrenta um adversário no próprio partido. É Luís Eduardo, filho do ex-governador da Bahia e senador eleito Antônio Carlos Magalhães. Líder do PFL na Câmara, ele tem chances de ocupar um ministério no governo FHC, mas prefere a presidência da Casa. Inocêncio torce para que ele vá para o governo. Diz que o nome de Luís Eduardo é ``ótimo" para ocupar ``qualquer" ministério. O PFL ocupa hoje a presidência porque formou um bloco com outros partidos e conseguiu número suficiente para eleger Inocêncio. Texto Anterior: Para FHC, real perdeu valor Próximo Texto: Candidatos pró-FHC lideram em 5 Estados Índice |
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