São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994 |
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Dieese concorda apenas em parte com avaliação
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
``Muitas estruturas montadas a partir da folha devem ser repensadas. Mas é ilusório imaginar que a Previdência ou o Fundo de Garantia possam ter outra base. No mundo inteiro é assim", afirma Mendonça. Para o técnico do Dieese, as reestruturações do mercado de trabalho ocorridas, especialmente a partir de 1990, não podem ser explicadas só pelas mudanças ocorridas na Constituição. O governo do ex-presidente Collor promoveu a maior recessão da história do país, promoveu a abertura econômica e, no mundo inteiro, novos métodos de gestão de trabalho poupam mão-de-obra industrial. ``No primeiro mundo isto também está ocorrendo e nada tem a ver com a Constituição de 1988. Ela pode ter sido mais um fator, mas não foi o único", afirma Mendonça. O diretor do Dieese diz ainda que concorda com a avaliação de que o ganho de produtividade não deve ser calculado pela evolução da produção versus a evolução do emprego industrial, mas pelo valor adicionado. Ele acha, no entanto, que esta forma de cálculo é ``uma aproximação valiosa e que, nos últimos três anos, o ganho é de mais de 35%". O mais importante, afirma, é que o ganho de produtividade não está sendo repassado aos salários e está sendo produzido à custa de empregos. Texto Anterior: Ganhos de produtividade são superdimensionados, diz estudo Próximo Texto: Previdência perde receita Índice |
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