São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
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Serviço oferece garotas e garotos de programa por fax em São Paulo

RICARDO FELTRIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Agência oferece por fax 'serviço' de homens e mulheres em São Paulo
Algumas agências de São Paulo estão investindo na comodidade de seus clientes e oferecendo um novo serviço: a escolha de mulheres ou rapazes para programa via fax.
Em agências como a Suellyn, a Fantasy e a Vogue, o cliente telefona, descreve o tipo físico da pessoa desejada e fornece o número de seu fax.
Cerca de dez minutos depois, ele recebe fotos de até quatro garotas ou rapazes. A maioria das mulheres se veste apenas com lingerie. No caso dos homens, os músculos são exibidos.
Segundo as sócias-proprietárias da Suellyn, Adriana Guiterio, 22, e Susan Corrêa, 19, a agência tem cadastradas 50 mulheres e fatura semanalmente cerca de R$ 2.000.
``A maioria dos nossos clientes é de executivos", afirma Adriana. As garotas cobram de R$ 100,00 a R$ 250,00.
Adriana afirma que a faixa etária da maioria dos clientes varia de 25 a 40 anos. A duração do programa pode ser de até três horas. ``As loiras, mais procuradas, são as mais caras", diz.
Segundo ela, o serviço via fax é mais ``cômodo" porque evita o trabalho de se levar até o cliente o chamado ``book", com fotos das garotas. Em média, cada garota faz cinco programas por dia.
Além de garotas, a Suellyn tem também um ``cast" com cerca de 20 garotos de programa.
Em média, eles cobram acima de R$ 300,00 por duas horas. Atendem mulheres, homens ou casais.
Na Fantasy e na Vogue, agências de André e Willian (não revelam o sobrenome), ambos de 21 anos, o preço cobrado varia de R$ 150,00 a R$ 200,00 (mulheres), mais a corrida do táxi, e de R$ 100,00 a R$ 150,00 (rapazes), mais o táxi.
André afirma que para passar uma noite com o cliente a agência negocia, mas o preço nunca é inferior a R$ 600. Na Suellyn, o preço é semelhante.
Segundo ele, há um ``código" de segurança para os garotos de programa. ``Se acontecer algum problema, como o cliente não querer pagar, por exemplo, eles telefonam para nós, falam sobre algum assunto e então já sabemos que deu problema. Vamos lá resgatar nosso funcionário", diz.
Nas três agências, a divisão do pagamento é 50% para a garota ou garoto e 50% para os donos da agência.
A Suellyn não exige exame de HIV. ``Não temos direito de exigir isso, mas ninguém transa sem camisinha", diz Eliane.
A Vogue e a Fantasy afirmam que exigem exames HIV das garotas e rapazes de três em três meses. Os proprietários também garantem que não há programa sem camisinha.

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