São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994
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Acusados negam as denúncias

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Dirceu Grohmann, que defende o investigador Gilberto Xavier de Brito, disse que as acusações de José Gonzaga Moreira, o Zezinho do Ouro, são uma vingança contra seu cliente.
``Ele (Zezinho do Ouro) foi indiciado em vários inquéritos por causa de investigações feitas por Brito. Meu cliente também prendeu esse homem várias vezes", disse o advogado para justificar a vingança.
O delegado Eduardo Antônio Gobbetti, 33, disse que talvez Zezinho esteja louco. Ele afirmou que nunca manteve contato direto com o ex-informante e que ele está mentindo.
``Podem investigar minhas declarações de imposto de renda. Tenho só uma casa comprada através de financiamento bancário", afirmou.
O delegado Carlos Alberto Costa, 63, disse que não conhece o ex-informante. Segundo ele, Zezinho do Ouro está mentindo. Costa afirmou nunca teve qualquer punição em seus 30 anos de trabalho na polícia.
Ele chefiou o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) por três anos e meio até as denúncias de Zezinho provocarem, há três semanas, seu afastamento.
O chefe da Delegacia Seccional Norte, delegado Mário Tadeu Paes, disse que Zezinho está mentindo.
Ele afirmou que nunca recebeu nenhum faqueiro ou cristal de presente de Eduardo Gobbetti, seu ex-subordinado.
O delegado Cláudio Gobbetti disse que também não recebeu nenhum presente de seu sobrinho, Eduardo Gobbetti. ``Nós estamos brigados por razões pessoais desde o ano passado", disse. Ele também afirmou que não conhece Zezinho.
Claúdio Gobbetti é o atual diretor do Dinfor (Departamento de Informática da Polícia Civil). Ele ocupa esse cargo desde o primeiro semestre deste ano, quando deixou a direção do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital).

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