São Paulo, domingo, 16 de outubro de 1994 |
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Equipe custou a aceitar o método
MÁRIO MAGALHÃES
Ela e as outras jogadoras temiam pelo cansaço e pela estética. Não ficariam parecidas com as nadadoras chinesas ou com as arremessadoras de peso? Hoje o temor de Ana Flávia e das outras acabou. Ficaram mais fortes –mas nem por isso se consideram menos bonitas. Mantêm um ritual de beleza que tem na atacante Ana Paula uma das expoentes. Antes dos jogos, ela passa três cremes diferentes para hidratar a pele. Elas se renderam aos argumentos do preparador. ``Não vão ficar feias. As moças procuram as academias justamente para deixar o corpo bonito." Um exemplo do tratamento de choque de musculação: entre março e agosto, a atacante Ana Moser passou a saltar 76 cm –antes atingia 62 cm. Ganhou 4 kg de massa muscular. Resultado: no Grand Prix, as estatísticas a incluíram entre as dez melhores atacantes do mundo. Conseguir mais força não é um objetivo em si. ``Toda a preparação tem em vista as necessidades técnicas das jogadoras", diz o preparador físico. Para aprimorar o sincronismo, ele as obriga a pular de uma plataforma de 50 cm de altura e, em seguida, saltar para o alto. Foi um tipo de exercício desenvolvido pelo preparador em sua tese de mestrado em educação física, em 1991, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na sua opinião, a colaboração entre pesquisadores universitários e técnicos que trabalham em competição é uma das grandes novidades no esporte do país. ``Um dos nossos problemas principais era a academia não trabalhar com as instituições do esporte", diz José Inácio. ``Os pesquisadores não aplicavam suas idéias e os esportistas, que precisam estudar e não têm tempo, tinham problemas. Com a relação estreita que está se criando, a situação vai melhorar para todos." (MM) Texto Anterior: Jogadoras malham para levantar o vôlei brasileiro Próximo Texto: Técnico conquista confiança do time Índice |
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