São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 1994 |
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Votos do partido migram para Norte/Nordeste
MAURICIO PULS
A região Sudeste, que em 1966 elegeu 50% da bancada federal (66 deputados), hoje só terá 29,9% (32 deputados). O PMDB também perdeu o último governo estadual que controlava no Sudeste (São Paulo). Em compensação, já elegeu três governadores, dois no Nordeste e um no Centro-Oeste. A transferência das bases eleitorais também se processa no interior de cada Estado: o partido vem perdendo eleitores nas capitais e ganhando adeptos no interior. O ponto de inflexão ocorreu em 1985, quando o PMDB elegeu prefeitos em 19 capitais, mas perdeu precisamente em São Paulo e Rio –até então seus redutos. Nas eleições seguintes, em 1988, o partido só venceu em quatro capitais (nenhuma no Sudeste), mas conquistou o maior número de prefeituras no interior (1.586). A interiorização do partido se intensificou após a reforma partidária de 1979. Extinto o bipartidarismo, o PMDB deixou de ser o único partido de oposição e passou a perder o eleitorado (oposicionista) das capitais e regiões metropolitanas para o PT e PDT. A partir de 1983, o PMDB passou a controlar nove governos estaduais e, após 1985, o próprio governo federal. Perdeu então parte dos seus eleitores tradicionais para os partidos mais à esquerda, enquanto conquistava simpatizantes dos partidos conservadores. Com a transformação do partido, suas lideranças também mudaram. Hoje, grande parte dos líderes regionais do partido tem seus redutos no interior. Texto Anterior: Partido busca novos líderes Próximo Texto: Húngaro alerta sobre ``insensibilidade social" Índice |
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