São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 1994
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Húngaro alerta sobre ``insensibilidade social"

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL A BUDAPESTE

Fernando Henrique Cardoso encontrou na Hungria um motivo adicional para dar ênfase à questão social durante a sua gestão.
Em jantar no sábado na residência do embaixador brasileiro, Ivan Batalha, FHC ouviu do presidente da Hungria, o dramaturgo e contista Árpád Goncz, a avaliação de que foi a ``insensibilidade social" do governo anterior que permitiu a volta ao poder dos comunistas, agora reciclados e rebatizados de socialistas.
Goncz, que passou 6 de seus 72 anos na cadeia, durante o regime anterior, é um liberal, mas seu partido faz parte da aliança com os socialistas, que ganharam as eleições passadas com 33% dos votos.
A coligação então governante, o Foro Democrático, acusada de insensibilidade social, não passou de 12%. Quem de fato manda, como em todo sistema parlamentarista, é o primeiro-ministro, o socialista Gyula Horn.
``No Brasil, seriam uns US$ 30 bilhões", animou-se FHC, que, terá pela frente a batalha do equilíbrio fiscal, mas sabe que ela não será em números tão portentosos.
O presidente eleito encerrou ontem sua visita a Hungria. Hoje às 11h05 (8h05 em Brasília), viaja para Praga (República Tcheca).
Regressa ao Brasil no próximo sábado. Vai a Brasília na noite de segunda-feira e, em seguida, inicia seu périplo internacional como presidente eleito e proclamado.
Na quarta-feira, viaja para Buenos Aires, onde se avista com o presidente Carlos Menem.
No dia seguinte viaja para o Uruguai. Fica na fazenda do presidente Luiz Alberto Lacalle, em Colônia. Almoça com ele no dia seguinte e janta já em Assunção, com o presidente do Paraguai Juan Carlos Wasmosy.
A viagem aos países do Mercosul será no ``jatinho do PSDB", diz FHC, em alusão ao avião emprestado pelo banqueiro Ronaldo Cézar Coelho.

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