São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 1994 |
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Multinacionais planejam expansão no Brasil
ANTONIO CARLOS SEIDL
Lawrence Woerner, presidente da Câmara Americana de Comércio-SP, diz que a mensagem clara de FHC a favor de menos governo e mais setor privado na economia ``soa como música" aos ouvidos do empresariado norte-americano. Werner Ross, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha-SP, diz que as empresas alemães estão tirando das gavetas planos de construção de novas fábricas ou ampliação da capacidade de produção. Ross cita dois fatores responsáveis pela renovação do interesse do capital alemão no Brasil: a eleição de Fernando Henrique Cardoso e o papel central que o Brasil deve desempenhar no Mercosul. Segundo Ross, os investimentos alemães no Brasil vão ``deslanchar" a partir de janeiro de 95. Kohei Denda, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, diz que as empresas japonesas estão começando a ``voltar os olhos" novamente para o Brasil. Os cautelosos investidores japoneses têm visitado ``em grande número" o Brasil. ``Os investimentos virão aos poucos porque os empresários aguardam sinais mais concretos, ao longo de 95, da consolidação da estabilização monetária", afirma Denda. Enrico Misasi, presidente da Câmara de Comércio Ítalo-Brasileiro e da Olivetti do Brasil, prevê que os investimentos produtivos nos próximos anos vão se concentrar em dois países. ``Na China, onde há certeza das reformas econômicas, e no Brasil, onde há grande esperança dessas reformas", diz. ``Uma vez concluídas a revisão constitucional vai chover dinheiro no Brasil". Alasdair Kerr, presidente da Câmara Britânica de Comércio do Brasil, diz que os empresários britânicos buscam aproximação maior com o país. E prevê o início de uma nova fase de investimentos e crescimento do comércio bilateral. Texto Anterior: País volta a ter espaço no mapa mundial dos negócios Próximo Texto: Mercado atrai investimentos diversificados Índice |
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