São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 1994 |
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Metalúrgicos usam briga na Fiesp para tentar acordo
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
``Aproveitamos a briga interna deles", diz Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. No começo de 92, o grupo 19 da Fiesp, que negociava em nome de toda a entidade com os metalúrgicos, rachou em diversos subgrupos ``por motivos políticos", segundo Wilson Começanha, diretor de relações trabalhistas do Sindipeças (representa o setor de autopeças). ``Desde então, os metalúrgicos deitam e rolam." Este ano, a coisa será ainda pior. Mais três subgrupos de importância fundamental aos metalúrgicos surgiram. Há a divisão no setor eletroeletrônico. A Eletros, nova associação do setor, dissidente da Abinee, negocia pela primeira vez com os metalúrgicos. O presidente da Eletros é Eugênio Staub, que também comanda a Gradiente, empresa que emprega até hoje Luiz Antonio de Medeiros, presidente da Força Sindical. Medeiros têm boas relações com Staub e Paulinho acredita em um acordo com a Eletros antes do dia 31, quando está marcada o início da greve da categoria (800 mil em todo o Estado de São Paulo). Outro acordo provável antes do dia 31 é com o Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo), que também negocia com os metalúrgicos pela primeira vez este ano. ``Com o Simpi, por exemplo, é possível um acordo. Nós podemos pedir a extensão dele (para outros setores)", diz Paulinho. O mesmo deve acontecer com a Eletros. Também pela primeira vez as montadoras de veículos e as empresas de autopeças não entram juntas na negociação. Os metalúrgicos pretendem, segundo Paulinho, fazer greve no setor de autopeças e usar a seu favor a pressão das montadoras, que estão produzindo a todo vapor e precisam de componentes. Texto Anterior: Economia, xadrez e mentira Próximo Texto: Sindicato pára 1 cidade por dia Índice |
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