São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 1994 |
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Senado aprova nome de Corrêa para STF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O plenário do Senado aprovou ontem à noite, em votação secreta, por 48 votos a 3, a indicação do senador Maurício Corrêa para a vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).Antes, também em votação secreta, por 13 votos a 2, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou a indicação. Normalmente lento em suas decisões, o Senado foi ágil na análise do nome de Corrêa. A sessão da CCJ realizou-se pela manhã, menos de 24 horas depois de o presidente Itamar Franco ter indicado Corrêa. No final da tarde, o nome do candidato à vaga aberta com a aposentadoria do ministro Paulo Brossard já estava sendo submetido ao plenário do Senado. A CCJ tem 23 membros efetivos, entre eles o próprio Corrêa. Um dos ausentes à sessão de ontem foi Mário Covas, candidato tucano ao governo de São Paulo. Cabe à CCJ sabatinar os indicados ao STF pelo presidente da República. Se aprovado pela comissão, o nome é submetido ao plenário do Senado. Elogios Os colegas de Corrêa preferiram os elogios à sabatina. Enalteceram sua atuação política como senador e como ministro da Justiça. As acusações a Corrêa (veja texto nesta páfina) foram esquecidas pelos sabatinadores. Foi o próprio Corrêa quem tocou no assunto. Não ofereceu, porém, respostas: ``Quanto às acusações que me são feitas, me reservo o direito de me pronunciar no momento oportuno". O nome de Corrêa enfrenta resistência entre os ministros do STF. Ao processo judicial soma-se a reputação adquirida pelo senador no último Carnaval, quando se comportou como se tivesse bebido em excesso. Votaram na sessão de ontem os seguintes senadores: pelo PMDB, Cid Sabóia (CE), Jaques Silva (GO), Wilson Martins (MS), Pedro Simon (RS), Mansueto de Lavor (PE), Gilberto Miranda (AM) e Alfredo Campos (MG); pelo PFL, Josaphat Marinho (BA) e João Rocha (TO); pelo PSDB, Jutahy Magalhães (BA); pelo PTB, Marluce Pinto (RR), pelo PMN, Francisco Rollemberg (ES); pelo PP, João França (RR): e pelo PPR, Hydekel de Freitas (RJ), pelo PPR; e pelo PDT, Magno Bacelar (MA). Texto Anterior: Juiz do PA dá sentença favorável a jornalistas Próximo Texto: Escolha é vista com reservas Índice |
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