São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 1994
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Maeda investe em fábrica de gordura

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

O Plano Real gerou aumento de 20% no consumo de gordura vegetal hidrogenada, utilizada na fabricação de biscoitos, doces, sorvetes e chocolates.
Interessado em tirar partido dessa onda de consumo, o grupo Maeda, maior produtor de algodão do país, aciona hoje as máquinas da mais nova fábrica desse ingrediente.
Localizada em Itumbiara (GO) e erguida com investimento de US$ 11 milhões –metade financiada pelo BNDES–, a Maeda Indústria e Comércio deve acrescentar US$ 40 milhões ao faturamento do grupo, que vai saltar para US$ 110 milhões em 1994.
``Nosso projeto prevê atingir patamar de produção de 50 mil toneladas de gordura vegetal dentro de dois anos", afirma o vice-presidente Jorge Maeda, 43. A produção brasileira atinge 180 mil toneladas anuais.
Não por coincidência, a entrada em operação da nova fábrica, dotada de equipamentos suecos, coincide com uma elevação no consumo de alimentos industrializados, em decorrência do Plano Real.
``O negócio foi planejado", diz Maeda, sorrindo. ``Com as recentes medidas de contenção ao crédito, o dinheiro da população de baixa renda vai migrar para alimentos", acrescenta o vice-presidente do grupo, que responde por 7% da produção nacional de algodão.
O grupo, que emprega 1.200 funcionários, está em estágio adiantado de verticalização. Produz e vende de semente de algodão a 200 toneladas mensais de fios.
A nova fábrica vai ser abastecida com óleo de algodão, matéria-prima básica no processamento industrial do ingrediente, através das linhas de um braço do grupo localizado na mesma região.

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