São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 1994
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Forças Armadas admitem recrutar mulheres

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As regras de prestação do serviço militar sofreram duas alterações na semana passada. Uma dá às mulheres o direito, antes negado, de se alistar. A outra medida regulariza a situação clandestina de brasileiros que não se alistam.
As mulheres, com mais de 18 anos e menos de 38, que estudam ou são formadas em medicina, veterinária, odontologia ou farmácia poderão ingressar nas Forças Armadas, e, depois de um ano, se tornarem reservistas.
Os decretos permitem que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica inscrevam mulheres ``segundo seus critérios de conveniência e oportunidade". Os critérios ainda não foram definidos.
Flávia Navas Padilha, 17, é uma das que gostariam de se alistar. ``É uma experiência e tanto, tenho amigos que eram moleques antes de entrar no Exército e agora amadureceram", diz. Ela tem preferência pela Marinha.
Ana Lúcia Figueroa Otake, 15, diz que sempre teve vontade de entrar para as Forças Armadas. Ela espera completar 18 anos para se alistar no Exército.
Cassação
Uma outra decisão promete regularizar a vida de muitos brasileiros que, por razões políticas, religiosas ou filosóficas, decidem que não vão prestar o serviço militar ao completar 18 anos.
Agora, quem alegar esses motivos, deverá preencher uma declaração. Esse documento dará direito a um certificado. Em troca, o jovem perde o título de eleitor –e assim o direito de votar e ser votado, de prestar concursos públicos, de tirar passaporte, de registrar empresas em seu nome ou de prestar vestibular numa universidade pública.
Para restituir seus direitos, a pessoa pode voltar atrás e se apresentar, se quiser.
Colaborou a Reportagem Local.

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