São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994
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Supercomputador custa US$ 2 mi ao ano

MARIA REGINA ALMEIDA
DA FOLHA VALE

O governo federal vai gastar US$ 2 milhões por ano para manter em funcionamento o supercomputador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O equipamento e o novo centro de previsão de tempo e estudos climáticos foram inaugurados ontem no Inpe de Cachoeira Paulista (95 km a nordeste de São Paulo).
O supercomputador SX-3/12R, da empresa japonesa Nec, será usado para previsão do tempo com até cinco dias de antecedência. Antes, a previsão era feita com um dia de antecedência.
O chefe do CPTEC, Carlos Afonso Nobre, escolheu amanhã, data do eclipse, para fazer a primeira previsão.
Segundo o Inpe, o tempo amanhã será bom na região sul, principalmente no Paraná. A margem de acerto, segundo Nobre, é de 80%.
O custo operacional do supercomputador foi divulgado ontem pelo diretor do Inpe, Márcio Nogueira Barbosa. A construção do prédio e a compra do supercomputador custaram US$ 40 milhões.
O prédio do CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), onde foi instalado o supercomputador, é considerado o mais moderno órgão do gênero na América Latina.
O ministro da Ciência e Tecnologia, José Israel Vargas, disse na inauguração que o centro poderá fornecer informações para países vizinhos ao Brasil.
Ele afirmou que a aquisição do aparelho deixa o país em uma "posição confortável" em termos de previsão meteorológica para os próximos dez anos.
Vargas disse que os Estados do Nordeste receberão "atenção especial" no envio de informações devido aos problemas da seca.
O diretor do Inpe assinou convênio com o representante do Ministério da Agricultura para o fornecimento de informações sobre clima e tempo para uso específico de agricultores.
Barbosa também assinou um termo de aceitação dos equipamentos com representantes do banco japonês Marubeni, que financiou a compra do aparelho para o governo brasileiro.

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