São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994 |
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Greenpeace faz última ação direta no Brasil
LUIS HENRIQUE AMARAL
Foi a última ação direta no país. A campanha contra a devastação das florestas começou em maio na Sibéria e termina no Brasil. Às 13h um grupo de oito militantes entrou no navio Canopus para explicar a ação ao seu comandante. O capitão elogiou o protesto e negou ter relação com a carga. "No meu país, as Filipinas, também temos problemas de devastação de florestas", disse. Ele não quis se identificar. Ao mesmo tempo, fora do navio, outra parte do grupo subiu pelas escadas de dois guindastes do porto e esticou uma faixa onde estava escrito "Mogno para exportação, devastação para o Brasil". Alguns ativistas se acorrentaram nas escadas dos guindastes para evitar que seus operadores subissem. Um terceiro grupo começou a pintar a frase "Destruição florestal tipo exportação" em madeiras que estavam sendo embarcadas. A Folha esteve no escritório da Receita Federal e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no porto de Belém. Toda a carga do navio estava legalizada. Para o coordenador de campanhas do Greenpeace, José Pádua, o Ibama não tem estrutura para fiscalizar o corte de madeira na Amazônia. O chefe do escritório da Receita no porto, Osmar Moreira Filho, diz que o grupo "deveria fundamentar melhor suas acusações". Texto Anterior: Supercomputador custa US$ 2 mi ao ano Próximo Texto: Quem manda no Rio é o governador, diz Nilo Índice |
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