São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994
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CNI prevê aumento de 6% da produção em 94

DA REDAÇÃO

A produção industrial brasileira deve fechar o ano com um crescimento de 6%. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria, que refez sua estimativa anterior de 5% de aumento. A arrancada da produção, aguardada com o declínio da inflação, surpreendeu.
"Os resultados mais recentes confirmam a tendência esperada mas, por sua intensidade, superam as previsões", diz o Informe Conjuntural da CNI de outubro, lançado ontem no Rio de Janeiro.
A reestimativa já leva em conta as medidas tomadas pelo governo para frear o consumo. A CNI espera um desaquecimento das vendas, especialmente de bens duráveis que, porém, "não será capaz de provocar uma reversão significativa da evolução da produção industrial, que deverá continuar a apresentar resultados positivos no último trimestre".
O estudo afirma que as vendas dos bens de consumo não-duráveis, que lideraram a expansão da indústria em agosto, serão pouco afetados pelo arrocho ao crédito.
O aumento do custo do crédito pode, entretanto, ocasionar um "impacto perverso sobre os preços", segundo a CNI. Esta possibilidade é maior "nos setores cuja demanda é pouco sensível ao crédito e o capital de giro tenha importância elevada no preço final do produto".
A CNI prevê que a inflação, após o repique de outubro, se estabilizará em novembro e sofrerá uma leve desaceleração em dezembro, em parte devido às medidas de restrição ao consumo. "Até o momento, a alta de preços, apesar de intensa, está concentrada em um conjunto limitado de produtos, notadamente carne, feijão e aluguel", diz o estudo. "Quanto aos preços industriais, a estabilidade dos últimos meses pode ser substituída nos próximos por leve tendência de alta, como reflexo do fim dos descontos oferecidos em alguns setores".

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