São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994
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Empresários evitam polemizar

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Folha apurou que empresários ligados à direção da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) consideram que polemizar ou comprar brigas com o ministro Ciro Gomes não interessa ao país.
Isso, no entendimento dos empresários, só daria palco ao ministro da Fazenda, que vêem como um político de sucesso. Os empresários acham que devem mininizar a repercussão das declarações de Ciro contra eles ou a Fiesp.
"Devemos manter a tranquilidade até que Ciro vá para Harvard", comentou um empresário na condição de não ser identificado.
Para esse empresário, as declarações intempestivas de Ciro não ajudam o Plano Real mas refletem o perfil dele conhecido de todos.
Em reuniões privadas, empresários dizem que com a substituição de Rubens Ricupero por Ciro Gomes surgiram dois problemas: segurar o presidente Itamar e segurar Ciro.
A Fiesp tem reiterado que apóia o real Real porque a estabilização é a única forma da indústria retomar os investimentos e crescer.
Um estudo da Fiesp mostra que o setor produtivo, como resultado da elevada inflação na última década, está transferindo cerca de US$ 10 bilhões, por ano, para o setor financeiro.

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