São Paulo, sábado, 5 de novembro de 1994
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Covas e Rossi perdem votos em redutos

DA REDAÇÃO

Nos últimos nove dias, Mário Covas (PSDB) e Francisco Rossi (PDT), candidatos ao governo de São Paulo, perderam votos em seus principais redutos eleitorais.
No entanto, segundo pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem entre os eleitores paulistas, se a eleição fosse feita agora, Covas seria eleito com 52% dos votos. Rossi teria 35%, de acordo com declarações estimuladas dos entrevistados.
O Datafolha também fez uma simulação do voto em urna. Os resultados pouco se alteraram se comparados às intenções estimuladas.
Desde o último dia 27 de outubro, o tucano apresentou oscilação negativa na intenção de voto estimulada medida na capital e nos municípios do interior.
Nove dias atrás, Covas tinha 60% das intenções de voto na capital e 54% no interior. Hoje, tem 58% e 51%, respectivamente.
Neste período, o candidato do PSDB recebeu o apoio do prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPR). Covas considerou "bem-vindo" o engajamento de Maluf em sua campanha.
Prefeitos do PMDB, do PT e do PPR de cidades interioranas também passaram a engrossar a lista de aliados do peessedebista.
Por sua vez, Francisco Rossi, que está no segundo turno em razão do seu bom desempenho eleitoral nas cidades em torno de São Paulo, teve uma oscilação negativa na região. Passou de 46% para 43% das preferências.
O pedetista foi prefeito de Osasco (município da região metropolitana) por duas vezes. No primeiro turno chegou a ter cerca de 60% dos votos locais.
Covas cresceu cinco pontos percentuais nessa área do Estado. Nas últimas semanas, o PSDB estabeleceu como estratégia intensificar a campanha na Grande São Paulo.
Para contrabalançar o crescimento covista em seu reduto, seu adversário melhorou o desempenho principalmente na capital.
Entre os paulistanos, Francisco Rossi aumentou em cinco pontos percentuais sua intenção de voto (de 27% para 32%). No interior, a oscilação positiva foi de três pontos percentuais.
Os resultados da pesquisa Datafolha mostram uma certa falta de sintonia entre os líderes do PMDB e o eleitorado do partido.
Rossi tem conseguido aglutinar a maioria dos votos que foi dada a Barros Munhoz, candidato peemedebista derrotado.
No entanto, a maior parte de prefeitos e deputados do partido declarou seu apoio a Covas (leia reportagem nesta página).
O ex-prefeito de Osasco melhorou seu desempenho entre os eleitores mais jovens. Passou de 34% para 39% das intenções de voto entre aqueles que têm entre 16 e 14 anos. Covas mantém 50%.
O mesmo ocorre entre o eleitorado mais velho. Na faixa de 45 a 59 anos, Rossi tem 31% das preferências contra 27% no final de outubro. O tucano continua com 56% das intenções de voto.
Entre os que tem mais de 60 anos, o pedetista cresceu cinco pontos e está com 27%. Seu adversário passou de 63% para 59%.

Nesse levantamento, o Datafolha entrevistou 2.700 eleitores em 114 municípios do Estado de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A direção do Datafolha é exercida pelos sociólogos Antonio Manuel Teixeira Mendes e Gustavo Venturi.

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