São Paulo, sábado, 5 de novembro de 1994 |
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Mulher que mobillizou os EUA para procurar filhos confessa assassinato
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Susan Smith, presa na quinta-feira, confessou ter jogado seu automóvel num lago na pequena cidade de Union, Carolina do Sul, onde residia, com as crianças atadas em cintos de segurança no banco traseiro. Michael, 3, e Alex, 14 meses, morreram afogados. Seu desaparecimento provocou comoção nacional. A polícia federal (FBI) os estava procurando por todo o país. O assunto ocupava grande destaque nos jornais e TV. A polícia de Union não divulgou os termos da confissão da mãe. Ela não confirma nem desmente a versão de que foi encontrada na casa dela a carta de um homem que dizia amá-la e querer ficar com ela, mas sem os filhos. Susan e David Smith se divorciaram em setembro. Ela ganhou a guarda das crianças. Segundo a polícia, ela agiu sozinha ao matar os meninos. Ela abriu mão ontem do direito de aguardar o julgamento em liberdade. Está presa em local não divulgado por razões de segurança. Há grande revolta contra ela na comunidade de Union. Ao entrar e sair do carro policial que a conduziu ao tribunal, Susan Smith ouviu dezenas de pessoas gritarem para ela: "Levante a cabeça, assassina de bebês" ou "Você vai ter o que merece". Susan Smith pode ser condenada à morte se o júri a considerar culpada do duplo homicídio de seus filhos. Texto Anterior: Sérvios anunciam guerra total Próximo Texto: Desemprego nos EUA é o menor em quatro anos Índice |
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