São Paulo, quarta-feira, 23 de novembro de 1994
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Escolha para Fazenda segue mesmo método

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A definição da equipe econômica do futuro governo também não escapa do estilo Fernando Henrique Cardoso de fazer política.
Até agora, o presidente eleito já emitiu sinais de preferência por três nomes para ocupar aquele que pode ser o cargo mais importante da República depois do presidente.
Cotados
O primeiro a ser dado como futuro ministro da Fazenda foi Clóvis Carvalho, atual secretário-executivo da pasta.
O seu nome, porém, sofreu resistências pelo fato de ele ser paulista.
Os tucanos cearenses e do Rio de Janeiro preferem um economista que não seja de São Paulo, e defendem alguém que seja considerado "neutro".
Com isso, circulou a informação de que Pedro Malan passou a ser o nome preferido de FHC.
Atual presidente do Banco Central, Malan tem dito a amigos que prefere voltar para Washington, onde mora sua família.
Ontem, assessores de FHC afirmavam que ele voltou a insistir no nome do economista Edmar Bacha, assessor especial da Fazenda.
Segundo estas informações, Bacha relutava em aceitar o convite, dizendo que seu desejo é voltar para o Rio de Janeiro e dirigir o BNDES (Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A única certeza, até o momento, entre os auxiliares do presidente eleito é que o futuro ministro da Fazenda será um dos membros da atual equipe econômica.
Neste caso, Fernando Henrique tem até uma quarta opção: Pérsio Arida, atual presidente do BNDES e um dos pais intelectuais do Plano Real.

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