São Paulo, domingo, 4 de dezembro de 1994 |
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Protocolo dá personalidade jurídica a Mercosul
CLÓVIS ROSSI
O protocolo dará personalidade jurídica ao Mercosul, indispensável para que os quatro países possam negociar, em bloco, com qualquer outro parceiro ou bloco de parceiros. Será, na prática, a segunda grande união aduaneira, depois da União Européia, a sair do papel para a prática (ver glossário). Bom para seus integrantes, que ganham amplo espaço para negociação, cortejados que estão sendo tanto pela União Européia como pelos Estados Unidos. A corte norte-americana ao Brasil ficou visível durante a visita ao país do secretário de Defesa, William Perry. Em discurso no Itamaraty, esteve a um passo de repetir célebre frase do então presidente Richard Nixon, a que dizia: "Para onde se inclinar o Brasil, se inclinará a América Latina". Elogio tão rasgado e mais o papel destacado que a diplomacia brasileira exerceu nos preparativos para a Cúpula das Américas levaram o Itamaraty a uma avaliação ufanista. "A preparação mostrou uma clara consciência de que nada se pode fazer, com escopo hemisférico, sem claro apoio do Brasil", foi a avaliação obtida pela Folha junto ao Itamaraty. É possível acreditar nessa avaliação. Basta compará-la à que faz a Comissão Européia (braço executivo da UE) sobre o Mercosul. "O Mercosul aparece como um novo pólo de crescimento em escala mundial e, para a Europa, uma região estratégica chave", diz texto divulgado pela Comissão no mês passado. (CR) Texto Anterior: Cúpulas marcam avanço dos blocos econômicos Próximo Texto: Cúpula européia avaliza contato com Mercosul Índice |
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