São Paulo, domingo, 4 de dezembro de 1994
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Semana é decisiva para Exército

FERNANDO RODRIGUES
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A semana que começa hoje é decisiva para o futuro do Exército na Operação Rio.
Os militares esperam alguma sinalização do presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso, sobre a prorrogação ou não do convênio que possibilitou a ação militar no Rio.
A expectativa dos comandantes da Operação Rio é sair das ruas da cidade no dia 30 de dezembro. Mas enfrentam resistências para isso.
É nesta semana que os militares aguardam o anúncio do próximo ministro do Exército. Depende desse novo ministro a continuidade do convênio.
Também é a partir de amanhã que o Comando Militar do Leste, sede da direção da Operação Rio, pretende intensificar os contatos com o general Euclimar Lima da Silva, o secretário de Segurança fluminense nomeado por Marcello Alencar.
Alencar, que toma posse como governador do Rio no dia 1º de janeiro, manifestou desejo de ter o Exército durante algum tempo ajudando no início de sua gestão.
A questão é de ordem prática. Os militares usam cerca de 2.000 homens nas operações. Esse contingente, embora pequeno se comparado à dimensão do problema, não está disponível nas polícias estaduais.
Contratação
O Estado do Rio teria que contratar, treinar e equipar 2.000 homens para agir com a mesma eficácia do Exército. Mesmo com disposição e dinheiro para isso, esse projeto não seria exequível no primeiro mês de governo.
Enquanto isso não ocorre, o Exército terá de ajudar. Mas os militares pretendem que essa colaboração seja restrita às áreas de inteligência (serviço secreto), treinamento e fornecimento de armas. A ação direta em favelas ficaria apenas com a Polícia Militar.

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