São Paulo, domingo, 4 de dezembro de 1994
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Mudar Previdência é urgente, diz americano

FERNANDO DE BARROS E SILVA
DO ENVIADO ESPECIAL E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O economista norte-americano Albert Fishlow disse ontem, durante o seminário "O Brasil e as Tendências Econômicas e Políticas Contemporâneas", realizado no Itamaraty com a presença de Fernando Henrique Cardoso, que sem fazer logo a reforma do sistema previdenciário o Brasil não conseguirá manter sua economia estabilizada por muito tempo.
"A reforma da Previdência é urgente no Brasil. Digo isso porque esse aspecto ainda não foi suficientemente acentuado no debate", disse Fishlow, professor da Universidade de Berkeley (EUA) e estudioso do Brasil há cerca de 30 anos.
Amigo pessoal do presidente eleito, Fishlow havia dito em 1991, em debate realizado em São Paulo, que o Brasil não tinha mais que três anos para resolver sua crise econômica.
Caso contrário, argumentava o economista, o bonde da história passaria por cima do país.
Em entrevista concedida à Folha antes de seu participação no seminário, Fishlow considerou que o Brasil melhorou dos últimos três anos para cá.
Para ele, os principais passos adiante foram o reconhecimento de que a inflação precisa ser combatida e de que a democracia é um valor que deve ser preservado.
O Brasil precisaria agora –diz o economista– conciliar a retomada do desenvolvimento com a distribuição de renda (leia texto abaixo).
Fishlow levantou o problema da Previdência durante a discussão do tema "Estabilização, Crescimento e Política Industrial na América Latina" –que abriu o segundo dia do seminário– cujo expositor foi o economista argentino Roberto Frenkel.

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