São Paulo, domingo, 4 de dezembro de 1994 |
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O nó é a produção
DEMIAN FIOCCA A queda da inflação deu um impulso à economia e o crescimento deve continuar. Seu ritmo e duração dependem da resposta do setor privado ao aumento do poder de compra. A agilidade das empresas determinará também a política econômica do governo.Se as decisões de produzir mais e investir forem rápidas, haverá mais mercadorias para satisfazer o consumo que decorre do aumento da massa salarial e do otimismo. Menor inflação e maior crescimento. Se a produção reagir lentamente, a menor oferta de bens pressionará os preços. A tendência do governo será conter o consumo, estimular ainda mais as importações e elevar os juros. Ademais, parte do poder de compra será abocanhada pela inflação. A expansão econômica será mais lenta e curta. Talvez com base em outras experiências, as empresas multinacionais parecem ser as que melhor estão se preparando para um possível sucesso do plano. Quanto menos profissionalizadas e mais familiares as firmas, mais defensivo seu comportamento. Concretizando-se o crescimento da economia, alguns ficarão para trás. De modo geral, se a produção interna não acompanhar o consumo, os espaços serão ocupados por importações ou extintos pelo governo. Texto Anterior: Combinação inadequada de juros e câmbio Próximo Texto: Estabilidade é avanço da democracia Índice |
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