São Paulo, domingo, 4 de dezembro de 1994
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Eles dão o maior trato no couro

LUIZ CAVERSAN

Ao final da Segunda Guerra Mundial, submarinos alemães deixaram o país carregados de ouro. Para fugir dos aliados, eles zarparam da cidade de Kiel rumo à América do Sul. Verdade ou lenda? Nunca se soube.
Mas é certo que a cidade portuária do extremo norte da Alemanha mantém vínculos valiosos com a América do Sul, mais precisamente com o Brasil. Que o digam os descolados com acesso às roupas de couro da dupla Pascale Vuylsteke, estilista, e Christian Sievers, empresário.
Ambos nascidos na fria Kiel, ambos com 34 anos e há oito no Brasil, eles produzem no Rio o que há de mais chique e moderno em matéria de couro. Não é para menos: Pascale é mestre em alta-costura pela escola de moda de Viena, deu seus primeiros passos ao lado de ninguém menos que o mestre italiano Emilio Pucci e sofisticou seus riscos e cortes no ateliê do kaiser da costura alemã, Karl Lagerfeld.
O que mais chama a atenção nas roupas da grife Pascale Vuylsteke (que desembarcam esta semana na capital paulista, em loja própria nos Jardins) são o corte arrojado, a qualidade e a textura do couro.
O segredo é simples: o material recebe tratamento de alta-costura, como se fosse um tecido de primeira qualidade. "Eu até passo a ferro o couro", conta Pascale.
O resultado é uma maciez e um caimento chocantes. E calças, jaquetas, vestidos, saias e acessórios que obedecem sempre a dois preceitos obrigatórios: beleza e conforto.

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