São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994
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Acusados tentam ir à Justiça comum

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A advogada Maria do Carmo Cardoso vai pedir o cancelamento dos julgamentos das duas secretárias, do motorista e de um assessor do empresário Paulo César Farias, previstos para hoje no STF. Ela quer que eles sejam julgados pela Justiça comum.
A defesa, em conversas reservadas com ministros do STF, teve o sinal de que o recurso que atesta a incompetência do tribunal para julgar os réus deve ser aceito.
O recurso será julgado pelos ministros antes dos discursos dos advogados de defesa e acusação.
Os funcionários de PC estão sendo julgados por suas supostas relações com o ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Ao STF vão apenas os casos que dizem respeito a crimes federais. A defesa afirma a inexistência de elos que possam esclarecer a ligação de atos cometidos pelos empregados com os crimes praticados contra a ordem pública.
Se condenados, as secretárias Rosinete Melanias e Marta Vasconcelos, o motorista Roberto Carlos Maciel e o assessor Severino Nunes serão presos e não terão outra instância para recorrer.
Maciel é acusado por coação de testemunhas, suborno e supressão de documentos. Os demais teriam cometido falsidade ideológica, pois preencheram e assinaram cheques de contas fantasmas abertas por PC. Em nenhum dos casos, diz a defesa, está claro o benefício obtido por Collor.

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