São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994
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QUEM SÃO OS MINISTROS DO STF

Octávio Gallotti, 63, carioca
Presidente do Supremo Tribunal Federal. Nomeado pelo ex-presidente João Figueiredo em 84. É o terceiro da família Gallotti a ocupar uma cadeira no Supremo. Relatou um mandado de segurança impetrado pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello na época do impeachment, em que pedia a ampliação do prazo de defesa. Votou pela ampliação de cinco para dez sessões da Câmara e a favor da votação aberta do processo de impeachment. Há um ano, votou pela suspensão da pena de inelegibilidade imposta pelo Senado

Sydney Sanches, 61, paulista
Presidiu o processo de impeachment no Senado. Nomeado por João Figueiredo em 84. Foi presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). Sempre defendeu a autonomia do Judiciário e uma maior destinação de recursos para a Justiça. No impeachment, votou a favor da ampliação do prazo de defesa e a favor do voto aberto. Há um ano, não participou do julgamento em que Collor pedia a suspensão da pena de inelegibilidade por oito anos

Sepúlveda Pertence, 56, mineiro
Próximo ministro a presidir o STF. Atualmente, é o vice-presidente. Ex-procurador-geral da República. Atuou no Ministério Público até 69, quando foi cassado pelo AI-5. Foi indicado para o Supremo pelo ex-presidente José Sarney em 89. Votou a favor da ampliação do prazo de defesa e a favor do voto aberto. Há um ano, votou pela manutenção da inelegibilidade

Moreira Alves, 62, paulista
Revisor do processo por crime comum contra Collor. Cabe a ele fazer aditamentos ao relatório do ministro Ilmar Galvão. Foi nomeado para o Supremo pelo ex-presidente Ernesto Geisel em 75. Foi chefe de gabinete do ministro da Justiça Alfredo Buzaid (governo Geisel). É o mais antigo ministro do STF. Declarou em um julgamento que sua missão não é fazer Justiça, e sim aplicar o Direito. Votou a favor da ampliação do prazo de defesa e a favor do voto secreto no processo de impeachment. Há um ano, foi a favor da suspensão da pena imposta pelo Senado

Carlos Velloso, 58, mineiro
Atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Foi nomeado por Collor em 90. É especialista em direito tributário. Antes do Supremo, ocupou uma cadeira no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Votou a favor da ampliação do prazo de defesa de Collor e do voto aberto. Há um ano, negou a suspensão da inelegibilidade pleiteada por Collor.

Ilmar Galvão, 61, baiano
Relator do processo por crime comum contra Collor. Não se considerou impedido de relatar o processo, mesmo sendo Collor o autor de sua nomeação em 91. É juiz de carreira e foi ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Votou a favor da ampliação do prazo de defesa e do voto aberto. Há um ano, votou pela suspensão da inelegibilidade

Néri da Silveira, 62, gaúcho
Foi nomeado pelo ex-presidente João Figueiredo em 81. Apoiou o movimento militar de 64. Juiz de carreira, foi presidente do extinto Tribunal Federal de Recursos, substituído pelo atual STJ (Superior Tribunal de Justiça). Votou a favor da ampliação do prazo de defesa e da votação aberta. Há um ano, votou a favor da manutenção da inelegibilidade por oito anos

Celso de Mello, 48, paulista
Nomeado pelo ex-presidente José Sarney em 89. Foi assessor do então consultor-geral da República, Saulo Ramos. Especialista em direito constitucional. É considerado maníaco por trabalho no tribunal: não costuma participar dos lanches diários dos ministros, preferindo ir para seu gabinete analisar processos, e sempre é o último a deixar o tribunal. Votou a favor do voto aberto e contra a ampliação do prazo de defesa. Há um ano, votou pela suspensão da pena de inelegibilidade.

Os ministros Marco Aurélio de Mello e Francisco Rezek declararam-se impedidos.
Mello, 48, carioca, é primo do ex-presidente Fernando Collor de Mello e foi nomeado por ele em 90. Não participou de nenhum julgamento envolvendo Collor
Rezek, 50, mineiro, foi indicado pelo ex-presidente João Figueiredo em 83. Saiu do Supremo para ser ministro das Relações Exteriores do governo Collor logo após ter administrado o processo eleitoral de 89 como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
A 11ª vaga do STF, deixada por Paulo Brossard, foi preenchida por Maurício Corrêa, que ainda não assumiu

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