São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994 |
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Fuzileiros invadem morro da Cachoeirinha
SERGIO TORRES; WAGNER MATHEUS
Até o fim da tarde, a Marinha não havia divulgado o resultado da ação na Cachoeirinha, a maior desde o início da Operação Rio, de combate ao tráfico de drogas e ao contrabando de armas. Pelo menos 50 suspeitos foram presos, entre eles o suposto gerente da favela do Gambá, conhecido por Johnny, irmão de Black, apontado pela polícia como chefe do tráfico de drogas na área. Um cão farejador percorreu os becos em busca de coca e maconha. A Folha apurou que, graças ao animal, foi achada cocaína escondida em buracos nos barracos. A Marinha não revelou a quantidade de armas e drogas apreendidas na operação. O diretor do Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil, Mauro Ricart, disse que as armas mais importantes arrecadas pelos militares foram uma metralhadora, uma submetralhadora e uma granada. A ação nas nove favelas que compõem o complexo da Cachoeirinha começou às 4h, quando seis helicópteros da Marinha começaram a "despejar" homens. As favelas da Cachoeirinha, Cachoeira Grande e Gambá foram invadidas. Nas demais favelas do complexo –Encontro, Amor, Barro Preto, Barro Vermelho, Árvore Seca e Cotia–, os fuzileiros fizeram um cerco. O complexo da Cachoeirinha corta a estrada que liga os bairros de Grajaú (zona norte) e Jacarepaguá (zona oeste). Blindados foram espalhados pelos acessos ao complexo. Para realizar a perícia dos possíveis "campos de batalha", a Marinha convocou a Polícia Técnica do Rio. Também participaram da ação PMs. Colaborou WAGNER MATHEUS, free-lance para a Folha Texto Anterior: Muita coisa mudou Próximo Texto: 'Efeito Borel' muda comportamento Índice |
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