São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 1994 |
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Inflação em queda derruba taxa de juros
RODNEY VERGILI
Os juros dos CDBs recuaram de uma equivalência de 50,73% ao ano na sexta-feira para 49,40% ontem. No mercado futuro de juros (DI) a taxa acumulada esperada para este mês recuou de 3,74% na última sexta-feira para 3,70% ontem. O Banco Central teve problemas ontem no sistema de comunicações da mesa com o mercado. O BC informou apenas que iria "zerar" as instituições com taxas de over variando entre 5,19% e 5,21% ao mês. Se o mercado financeiro já estava com poucos negócios, ontem ficou praticamente parado. As Bolsas estão refletindo a proximidade do vencimento do índice futuro amanhã, quando aumenta o movimento especulativo. As declarações otimistas de representantes de investidores estrangeiros também ajudaram a colaborar para explicar a alta nas Bolsas. As valorizações de preços foram puxadas por papéis de estatais mais negociadas (Eletrobrás e Telebrás). O Banco Central não interveio no mercado cambial ontem. A oferta de dólares foi maior que a procura e as cotações declinaram. Luis Eduardo Assis, diretor de investimentos do Citibank, disse ontem que os fundos de commodities ficaram mais competitivos com as últimas mudanças na legislação. Eles não terão mais a obrigação de aplicar em papéis agrícolas e a rentabilidade deve ser maior do que anteriormente. Ele acredita que os investidores deverão aplicar mais nos fundos de commodities por causa, também, da facilidade de resgate a qualquer momento com rendimento, passada a carência inicial de 30 dias. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, ontem, em média, 0,122%. A taxa média do over foi ontem de 5,21% ao mês, projetando rentabilidade acumulada de 3,92% no mês, segundo a Andima. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 5,25% ao mês. CDB e caderneta As cadernetas que vencem hoje rendem 3,4696%. CDBs prefixados negociados ontem: entre 28% e 50% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 121 dias: 18% a 19% ao ano mais Taxa Referencial. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,55% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 65% e 76,2% ao ano. No exterior Prime rate: 8,50% ao ano. Libor: 6,81% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 1,72%, fechando com 48.131 pontos e volume financeiro de R$ 232,9 milhões. Rio: alta de 0,7% (I-Senn), fechando com 20.853 pontos e volume financeiro de R$ 251,10 milhões. Bolsas no exterior Londres: o índice Financial Times fechou a 2.298,30 pontos, contra 2.293,50 pontos no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 18.975,10 pontos, contra 18.978,30 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,842 (compra) e R$ 0,844 (venda). Na última sexta-feira, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,846 (compra) e R$ 0,848 (venda). "Black": R$ 0,845 (compra) e R$ 0,855 (venda). "Black" cabo: R$ 0,847 (compra) e R$ 0,852 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,830 (compra) e R$ 0,860 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: estável, fechando a R$ 10,23 o grama na BM&F. No exterior Segundo a UPI, em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,5640, contra US$ 1,5595 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5735 marco alemão, contra US$ 1,5780 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,26 ienes, contra 100,40 ienes no dia anterior. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 371,50, contra US$ 377,00 no dia anterior. FUTUROS No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para dezembro ficou em 49.000 pontos e para fevereiro a 53.300 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para dezembro fechou a R$ 0,856 e para janeiro a R$ 0,878. A expectativa de juros no mercado de DI era ontem de 3,70% para dezembro e de 3,16% para janeiro. Texto Anterior: Indústria contrata 5.242 na 1ª semana de dezembro Próximo Texto: Inflação cai para 2,57% em São Paulo, apura Fipe Índice |
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