São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 1994
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Inflação cai para 2,57% em São Paulo, apura Fipe

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A taxa de inflação iniciou dezembro com acentuada queda em São Paulo. Nos últimos 30 dias terminados em 7 deste mês os preços subiram 2,57%, em média, contra 3,02% em novembro. É a terceira semana consecutiva de recuo da taxa.
Os dados foram divulgados ontem pela Fipe, que acompanha a evolução dos preços para famílias com renda de até 20 salários mínimos na cidade de São Paulo.
Juarez Rizzieri, coordenador do IPC da Fipe, refez suas previsões para dezembro e agora aposta em taxa próxima a 2%, contra os 2,5% previstos anteriormente.
O recuo da taxa se deve basicamente à menor pressão dos alimentos, o que já ocorre há quatro semanas. Na primeira quadrissemana de dezembro os paulistanos pagaram, em média, 3,47% mais por estes produtos. Em novembro a alta havia sido de 4,75%.
O setor de vestuário também começa a pressionar menos. Na primeira quadrissemana do mês o reajuste médio foi de 2,98%, contra 4,25% em novembro.
O patamar atual de inflação de 2,57% continua sendo determinado por poucos itens, principalmente no setor de serviços. A principal alta fica para os aluguéis, que voltaram a registrar alta de 11% nesta primeira quadrissemana. É a sétima semana que o setor mantém alta acumulada de 11% em 30 dias.
A Fipe registra forte pressão ainda no item de despesas operacionais (mais 6,42%), onde estão incluídos os gastos com reparos domiciliares, condomínio e custos com empregadas domésticas.
Os reajustes de preços no setor de serviços pessoais foi de 5,45% nos 30 dias terminados em 7 de dezembro. Os profissionais que mais reajustaram seus preços foram costureiras (9,09%) e cabeleireiras (5,13%).
Já os serviços médicos passaram a custar 4,15% mais no período para os paulistanos. Os maiores aumentos ficaram para os médicos (7,91%) e dentistas (3,39%).
O índice de inflação começa a refletir também a aceleração dos preços do papel nos mercados externo e interno. A pesquisa da Fipe mostrou uma evolução de 4,59% nos preços dos materiais escolares, contra 2,82% em novembro.
A alimentação fora do domicílio, após acumular 8,78% em novembro, começa a pressionar menos neste mês, com alta de 7,42%.

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