São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Procura por crediário sobe 48% no fim de semana
FÁTIMA FERNANDES
O levantamento foi feito pela Associação Comercial de São Paulo. Na comparação com igual período do ano passado, a procura pelo crediário cresceu 48%. A opção pelo pagamento à vista, no entanto, caiu 12%, no período. O salto nas vendas chega a preocupar alguns lojistas. Isto porque as indústrias estão atrasando entregas e também cortando parte dos pedidos. "A tendência é a de o consumo crescer a cada dia até a chegada do Natal", diz Marcel Solimeo, economista da associação. A Teledata informa que o número de consultas ao seu serviço de garantia de cheques cresceu 37,5% no último final de semana sobre o anterior. Ainda segundo a Teledata, o valor médio dos cheques emitidos foi da ordem de R$ 123,00. Cerca de 66% deles são representados pelos pré-datados. Na análise de Murad Salomão Saad, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo, no último final de semana as vendas chegaram a crescer até 40% em algumas lojas. Este aumento, diz ele, chega até a preocupar alguns lojistas que não estão recebendo integralmente das confecções os volumes encomendados. "Eu, por exemplo, recebi só 50% dos pedidos para novembro. A promessa é a de que vou receber o restante antes do Natal", afirma Saad, proprietário do Bazar Violeta. Há também, diz ele, atraso de 20 dias nas entregas dos produtos. "Por isso faltam modelos, tamanhos e cores de algumas peças." Estoques Eduardo Nishi, gerente-geral do shopping Jardim Sul, informa que algumas lojas ainda não receberam o estoque de mercadorias programado para o Natal. "Muitos lojistas estão reclamando porque vão perder venda por causa da falta de produtos." Segundo ele, isto se concentra na linha de roupas, eletrodomésticos e importados. Heraldo Infante, diretor da Casa Centro, estava ontem à caça produtos, especialmente eletrodomésticos. Segundo ele, "está faltando principalmente geladeiras e fogões." Na linha de eletrônicos, afirma, já não há grande variedade. "O atraso nas entregas chega a 10 dias." Infante diz que o consumidor já saiu mesmo às compras de Natal e não deve, como nos outros anos, deixar tudo para a última hora. "Estamos vendendo bem de tudo. Desde ventiladores até televisores de 29 polegadas." Por conta da falta de mercadorias, diz, a Casa Centro deve terminar o ano sem estoques. Previsões Para este mês, diz ele, a empresa espera faturar 15% mais do que em igual período de 1993. No final de semana, conta, as vendas foram 7% melhores do que no anterior. "Poderiam ter crescido bem mais se não fosse a falta de produtos." No Jardim Sul, as vendas neste final de semana cresceram 15% sobre o anterior. No shopping Iguatemi, 25%. Na rede de lojas X-Ray o incremento foi de 30% e na Vitia, de 20%. Viktor Vitia, proprietário da Vitia, diz os cartões e o pagamento com dois ou três cheques são as formas de pagamento preferidas pelos consumidores. Texto Anterior: Inflação cai para 2,57% em São Paulo, apura Fipe Próximo Texto: Vendas crescem 27%, mas os clientes vão receber com atraso Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |