São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 1994 |
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CEI provoca crise entre ministros
LUCAS FIGUEIREDO
Canhim, que preside a CEI (Comissão Especial de Investigação), não aceitou o resultado de dois inquéritos realizados sob a chefia de Bayma Denys que apuravam supostas irregularidades em obras entre o DNER e as empreiteiras Tratex e Queiroz Galvão. "Eu presumo que ele não tenha lido o conteúdo do processo", afirmou Canhim, após dizer que as obras –contratadas no governo Collor– têm irregularidades. Bayma Denys sugerira o arquivamento dos processos por falta de provas de desvio de verbas. A divergência entre os dois ministros-militares –Canhim é general de duas estrelas, enquanto Bayma Denys é general de quatro estrelas– abre uma crise no final do governo Itamar Franco. A CEI foi instituída em dezembro do ano passado pelo próprio presidente com o objetivo de averigar a corrupção no Executivo. A crise se instalou a partir do momento que o ministro dos Transportes não aceitou as conclusões da comissão. Itamar deverá ser chamado a dar a palavra final na briga dos ministros. A CEI vai entregar ainda este ano ao presidente o relatório final sugerindo que seja refeita a tabela de preços do DNER, que estaria superfaturada em 40%. Segundo Canhim, no órgão há "contratos superfaturados em até 900%". Texto Anterior: A preocupação ficou Próximo Texto: Ruralistas pedem troca de Andrade Vieira Índice |
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