São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994
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Para ACM, crítica de Bresser atinge FHC

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O senador eleito Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) reagiu às críticas do economista Luiz Carlos Bresser Pereira, que o responsabilizou por ter sido preterido da chefia do Ministério das Relações Exteriores.
À véspera do anúncio de seu ministério, o presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), decidiu transferir Bresser do Itamaraty para a Secretaria de Administração Federal.
"Acredito que a acusação do ex-ministro (Bresser foi ministro da Fazenda do governo Sarney) não é contra mim e sim ao presidente Fernando Henrique Cardoso, na medida em que acha que ele (FHC) seria suscetível a esse tipo de pressão", afirmou o pefelista em Salvador.
ACM disse ainda que não tem nada de pessoal contra o economista. "Acho o Bresser uma pessoa agradável e que conhece bem música", declarou. O senador eleito negou ter vetado nomes para a Chancelaria de FHC.
"Não opinei sobre a indicação de qualquer ministro, muito menos para o Itamaraty", disse ACM. O futuro ministro das Minas e Energia, Raimundo Brito, ganhou o posto a pedido do líder pefelista.
Procurado pela Folha para comentar as críticas de ACM, Bresser disse que "nunca" acusou o senador eleito. "Quem me informou que ele teria resistido à minha nomeação para o Itamaraty foi a Folha. Eu só comentei a informação da Folha", afirmou.
Anteontem, o economista afirmou à Folha que o principal foco de resistência à sua indicação para Chancelaria de FHC partiu de ACM e do embaixador brasileiro em Washington (EUA), Paulo Tarso Flecha de Lima, que é amigo íntimo do senador eleito.
Ontem, Bresser disse que pretende ter "ótimas relações" com ACM no governo. Segundo ele, foi o próprio FHC quem decidiu suspender sua nomeação para o Itamaraty.
"O presidente agiu pensando no país e eu estou trabalhando em meu novo cargo", disse.

Colaborou a Reportagem Local

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