São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994
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Militares poderão prorrogar ação

FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

O comandante militar do Leste, general Édson Alves Mey, disse à Folha que, ao contrário do que está previsto, as Forças Armadas poderão continuar a ocupar favelas no próximo ano.
O Comando Militar do Leste (CML) é o responsável pela execução da Operação Rio, que transferiu para as Forças Armadas o comando das ações contra o crime organizado no Estado.
Mey confirmou a intenção do Exército de, a partir de janeiro, atuar principalmente no apoio ao governo do Estado nas áreas logísticas e de informações.
Disse, porém, que essa estratégia pode ser modificada a partir de eventuais necessidades. "Pode ser que a gente siga uma trilha e perceba a necessidade de retornar a outro tipo de ação", afirmou.
Segundo o general, "não existe uma coisa constante". "Temos um plano mais geral, um procedimento mais delineado. Isso, porém, não quer dizer que seja uma coisa definitiva", afirmou.
Para Mey, a situação no Rio é "um jogo meio intricado". Isso porque a cidade tem 670 favelas "contaminadas com esta violência aí e é muito complicado estar em todas elas ao mesmo tempo".

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