São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994
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Correios tentam acelerar as entregas

DA REPORTAGEM LOCAL E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os funcionários dos Correios voltaram ao trabalho ontem. Carteiros trabalharão pelo menos dez horas por dia, até amanhã, para distribuir o máximo possível de correspondências natalinas.
Postagens especiais –como talões de cheque e cartões de crédito– terão esquema emergencial.
Além da frota de 500 veículos, a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) de São Paulo alugou mais 200 carros para a distribução das correspondências atrasadas.
Em São Paulo, mais de 11 milhões de correspondências deixaram de ser distribuídas durante os sete dias de greve. A empresa acredita que 30% delas serão entregues até o Natal.
Os produtos importados –aproximadamente 42 mil– começaram a ser entregues ontem.
Édson Comin, diretor da ECT/SP, avalia que no máximo 30% dos importados serão entregues até amanhã.
O Sindicato dos Funcionários dos Correios de São Paulo pretende convocar nova assembléia semana que vem.
Motivo: a direção da ECT/SP estaria se recusando a pagar horas-extras aos carteiros. Segundo Édson Comin, as horas-extras são "compensação dos dias parados".
Ezequiel Lima Filho, diretor do sindicato dos funcionários dos Correios, disse que o acordo assinado anteontem determina que a empresa pague as horas-extras.
O acordo prevê que os funcionários dos Correios teriam até o dia 30 de dezembro para colocar o serviço em dia.
Acordo
O acordo entre a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e os funcionários em greve há sete dias foi selado ontem pela manhã, com a assinatura do documento, em Brasília.
Os funcionários se comprometeram a regularizar as entregas até o dia 30 de dezembro. As discordâncias antes da assinatura do acordo era quanto o pagamento de horas-extras.
A ECT afirma que já possui o POFA (Plano de Operações de Final de Ano), onde está previsto o pagamento de horas complementares, devido ao grande movimento postal no final de ano.
Por isso, a empresa não se comprometeu a ter gastos adicionais, além do que já estava previsto antes da greve. Os dias parados não serão descontados se o trabalho atrasado for regularizado até o final do ano.
As horas-extras adicionais não serão pagas, informou ontem a ECT.

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