São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994
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Para diretoria do Santos, cargo de Pelé 'é benéfico'

MARCUS FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A diretoria do Santos considera a ida de Pelé para o Ministério Extraordinário dos Esportes como um fator que pode "ajudar" na recuperação da imagem do clube.
Para o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Edmon Atick, "não há necessidade de Pelé se desligar do cargo de diretor do Santos enquanto for ministro".
Ele disse que o Santos não tem dívidas com os governos estadual e federal. "Nossas dívidas, hoje, são com empresas particulares."
Um dos principais projetos de Pelé, desde que assumiu a diretoria de futebol, é a construção de um centro de treinamento, projeto que depende do governo federal.
O terreno onde o Santos quer construir o centro de treinamento é uma área da União, administrada pela Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo). O Santos tem a posse da área por 10 anos.
A Codesp é a estatal que administra o porto santista. Anteontem em Santos, Pelé disse que a doação do terreno "é um problema já encaminhado", que não teria ingerência sua enquanto ministro.
Em abril deste ano Pelé esteve com o então ministro FHC para pedir a doação do terreno. "Desde então o caso tomou seu rumo dentro das esferas do governo. Agora é aguardar", afirmou Pelé.
Para o presidente do Santos, Samir Abdul Hak, amigo e advogado particular do ex-jogador, "Pelé é e continuará sempre sendo um representante do Santos, ocupe que cargo ocupar".
Hak disse não acreditar que o novo cargo a ser exercido por Pelé possa trazer benefícios imediatos para o clube.
"O Santos não depende do governo federal, mas a nova função de Pelé poderá aumentar a credibilidade do Santos", disse.

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