São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994 |
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Tanner trata amor com classe
INÁCIO ARAÚJO
Produção: Suíça, 1992, 117 min. Direção: Alain Tanner Elenco: Myriam Mézières, Juanjo Puigcorbé, Felicité Wouassi Onde: a partir de hoje no cine Belas Artes/sala Villa-Lobos Quem entrar no cinema terá para ver um filme de narrativa clássica, feito com inteligência e talento. Mas, ao sair, estará no direito de pensar que, se não tivesse visto "O Diário de Lady M.", sua vida não mudaria uma vírgula. No entanto, mudar parece ser a intenção deste filme sobre uma cantora, M. (Mézières), que começa a namorar um pintor catalão, Diego (Puigorbé). Apaixonada, M. viaja à Espanha para encontrar o amante. Descobre que ele é casado e não pretende largar a mulher. Tudo bem. Fazem uma linda viagem. Separam-se. Percebem que não podem viver separados. A única solução para o problema é a dada por Diego: um belo dia ele vai a Paris, família em punho, para viver também com M. A maior virtude de Tanner é, em face a uma saia justa dessas proporções, não se abrir a facilidades do tipo "por que não?". Angústia e felicidade andam juntas. O diretor suíço não trata coisas como amor e desejo com ligeireza. Mas também não lhes acrescenta nada de especial. No mais, conduz seu filme com segurança, sobriedade e ritmo dignos de um diretor de classe. (Inácio Araujo) Texto Anterior: Macaulay Culkin volta em 'Pagemaster' Próximo Texto: Francês mostra deslumbre por Frida Kahlo Índice |
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