São Paulo, sábado, 24 de dezembro de 1994 |
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Receita tenta barrar retorno ilegal de cerveja brasileira exportada
JOSÉ MASCHIO
Produzida no Brasil, a cerveja é exportada com isenção de impostos e retorna ao país através de sacoleiros brasileiros que fazem compras em Ciudad del Este, no Paraguai. Segundo o delegado da Receita Federal em Foz, José Barros Penha, o volume de apreensão de cervejas brasileiras "aumentou nos últimos três meses". A cerveja já está competindo, em termos de volume de apreensão, com o cigarro brasileiro, que também é exportado isento de impostos para o Paraguai. Na ponte da Amizade, a cerveja brasileira recebe dos fiscais da Receita Federal o mesmo tratamento que qualquer bebida estrangeira: é permitido o ingresso legal no país de quatro litros por pessoa, ou seja, 12 latinhas de cerveja. Em Ciudad de Leste, a caixa de 24 latinhas de cerveja custa US$ 10 (cerca de R$ 8,50). Como o preço de uma caixa equivalente varia no Brasil entre R$ 14,00 e R$ 19,00, dependendo da marca, a cerveja nacional tornou-se uma das mercadorias preferidas pelos sacoleiros, que tentam burlar a fiscalização da Receita. As 10 mil caixas apreendidas neste mês foram, em sua maioria, de sacoleiros que tentam passar com pequenas quantidades (duas caixas em média). A maior apreensão foi realizada em um supermercado de Foz do Iguaçu que colocou à venda 700 caixas de cerveja em lata destinadas à exportação. A Receita Federal apreendeu também 240 caixas no início do mês que estavam sendo transportadas em caminhão para ser vendidas no oeste do Paraná. Na última segunda, a Receita Federal leiloou 1.500 caixas de cerveja em lata. Segundo Penha, a Receita procura incluir rapidamente a cerveja nos lotes de leilões "para evitar que percam seu prazo de validade". Texto Anterior: Gel desenvolvido em Bauru pela USP reduz dor de dente Próximo Texto: Overdose de cocaína mata modelo em SP Índice |
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