São Paulo, terça-feira, 27 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Rússia pode intervir no governo da Tchetchênia, afirma Ieltsin

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Terminou a primeira fase da operação militar na Tchetchênia, e Moscou deve intervir no governo da república, informou ontem o presidente da Rússia, Boris Ieltsin.
Ieltsin apareceu pela primeira vez desde o dia 10 na sessão do Conselho de Segurança da Rússia, em Moscou. Não deu sinal de recuo da intenção de manter a Tchetchênia como parte da Rússia.
A república no norte do Cáucaso declarou independência há três anos, não reconhecida pela Rússia. No dia 11, a Rússia enviou tropas para deter revolta comandada pelo presidente Djokhar Dudaiev.
A primeira fase está chegando ao fim, disse Ieltsin. Vamos ver quando podemos passar ao segundo estágio –formar órgãos administrativos na Tchetchênia.
O Conselho de Segurança, de 12 membros, nomeou três oficiais para manter conversações com os tchetchenos. Na capital tchetchena, Grozni, líderes rebeldes deram sinais de suavizar sua posição.
O vice-presidente da Tchetchênia, Zelimkhan Iandarbiiev, disse que estava pronto a negociar com Moscou, mesmo que as tropas russas permanecessem na região.
Ieltsin sofreu severas críticas do vice-ministro da Defesa, Boris Gromov. Segundo uma rede de televisão, Ieltsin havia preparado um decreto demitindo Gromov.
Ieltsin deve nomear uma comissão para observação dos direitos humanos na negociação com os tchetchenos. O comissário da Rússia para direitos humanos também havia criticado a operação militar.
Ieltsin disse que as tropas russas poderiam ser removidas para bases temporárias na região, mas permaneceriam na Tchetchênia como reforço policial.

Texto Anterior: Objetivo era envolver França na guerra civil
Próximo Texto: Diana não fala com Charles no Natal; Indiciado homem que ameaçou Casa Branca; Emissário dos EUA vai à Coréia do Norte; A FRASE; Paquistão pede à Índia que feche consulado; Suspeitos senderistas matam 4 no Peru; Incêndio em hospital russo mata sete; Morre aos 87 anos o industrial Dreyfus; Cardeal Pietro Pavan morre aos 95 anos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.