São Paulo, sábado, 31 de dezembro de 1994 |
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Hoje eu faço 51, uma péssima idéia!
JOSÉ SIMÃO
Fazer 50 tudo bem. O problema é o um. Esse um é que tá me matando. O um é que desencadeou a crise. Entrei pro clube do Mick Jagger. E eu sou do tempo da maionese da Lolita. Lá no "Almoço com as Estrelas"! Acho que foi isso que desencadeou a crise: eu comi a maionese da Lolita e tô vivo até hoje! O problema de fazer 50 é que você tem que usar meia taça até pra ouvir rádio! E diz que depois dos 50 você entra pro Clube do PPI: Problemas da Porra da Idade! Rarará! E depois dos 50 não é mais "Na Cama com Madonna". É no sofá com o cachorro. Rarará. E diz que depois dos 50 a gente tem de tudo. Só falta nascer rabo. Então no meu caso não falta nada. Tá no ar mais uma calúnia do Macaco Simão! Aliás, tem um amigo meu que escolheu um número: 46. Quatro meia, como ele diz. E não sai dessa idade. Amarrou o bode no quatro meia. Rarará! Eu entrego a idade por um truque: se você disser que tem 44, ninguém vai elogiar, vai achar supernatural. Dizendo 51 vai todo mundo dizer: "Nooossa, nem parece, você tá superconservado, que maravilha." É um truque! E olha que não faço plástica. Faço transplante de cuca! Todo dia eu acordo e boto uma cuca nova. Pois, como disse o Rambo, "eu sempre achei que a maior arma é a cabeça". Rarará! A vida começa aos 40. Pena que seja na farmácia! E em matéria de idade , francês que é fino. Eles não dizem quarenta. Dizem "deux vingt". Dois vintes! E como diz o cartão da Cásper Líbero: "A idade não pesa, acrescenta." Reumatismo, celulite, calvície, calorias e colesterol. Rarará. Feliz 95, macacada. Se tiver que chover, que chova grana. Real para todos! Nóis sofre mas nóis goza! Texto Anterior: Ampliação do museu do Prado começa em 97 Próximo Texto: Editora resgata poesia de Robert Burns Índice |
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