São Paulo, terça-feira, 8 de fevereiro de 1994
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Falta de quórum amplia o prazo para Fiuza apresentar sua defesa

GUTEMBERG DE SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A falta de quórum para a sessão da Câmara na tarde de ontem jogou para depois do Carnaval o prazo para que os deputados Ricardo Fiuza (PFL-PE), Raquel Cândido (PTB-RO) e Paulo Portugal (PP-RJ) –todos acusados pela CPI do Orçamento– apresentem sua defesa perante a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Os outros 14 acusados na Câmara, notificados antes, terão que apresentar a defesa na próxima sexta-feira, caso não volte a faltar quórum nas sessões marcadas até lá.
A CCJ do Senado se reúne na quinta-feira para discutir e talvez votar o parecer da senadora Eva Blay (PSDB-SP) sobre a admissibilidade do processo contra Ronaldo Aragão (PMDB-RO), único senador na lista da CPI. O prazo para a CCJ votar o parecer vence dia 18, mas o presidente Iram Saraiva (PMDB-GO) quer apressar a decisão.
O deputado Ricardo Fiuza se recusa a receber a notificação –a partir da qual é contado o prazo de cinco sessões para a defesa– alegando que faltam os documentos em que a CPI se baseou para pedir sua cassação, especialmente as 380 emendas que ele teria introduzido de forma fraudulenta no Orçamento de 92. "Esses documentos não existem", disse ele.
O presidente da CCJ, José Dutra (PMDB-AM), concorda com a exigência de Fiuza. Ele pediu para hoje uma reunião com os presidentes da Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE), e do Senado, Humberto Lucena (PMDB-PB), para tratar do assunto. "Solicitei esses documentos no dia 2, e apesar dos pedidos reiterados ainda não conseguimos colocar as mãos em nenhum papel", reclamou Dutra.

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