São Paulo, terça-feira, 8 de fevereiro de 1994 |
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Novo curta abre Clermont
AMIR LABAKI
As conversas de apresentação retomam os temas fundamentais da atual agenda wendersiana: a revalorização do sagrado, a busca de um olhar menos poluído, a necessidade da narrativa, o resgate do libterário. O problema é que tudo isso retorna de forma esquemática, em diálogos-chavão e símbolos óbvios. Exemplo maior: o neo-samaritanismo de Wenders não encontra imagem melhor do que a de um Papai Noel; dramatiza-se a inflação imagética através deste mesmo homem, que tudo grava com sua "handycam". Boas intenções não bastam para um bom filme. Em sua première mundial, "Arisha" foi apenas burocraticamente aplaudido. Texto Anterior: Wenders filma sua visão do fado Próximo Texto: Crise assusta o cineasta Índice |
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