São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 1994 |
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Receita reconhece que errou no IR de Aníbal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Receita reconhece que errou no imposto de AníbalA declaracão de IR (Imposto de Renda) de 91 do deputado Aníbal Teixeira (PP-MG) enviada pela Receita Federal à CPI do Orçamento continha informações erradas. A Receita assumiu ontem a responsabilidade pelo erro e abriu uma sindicância interna para punir os culpados. A Receita já identificou a falha, ocorrida na transcrição das informacões do disquete da declaração de Aníbal feita pelo Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados). Nessa etapa foram incluídos números indicando renda de US$ 939.869 na fazenda Água Fria, em Jequitaí (MG). Na declaracão original, entregue pelo deputado, não constava nenhum tipo de rendimento da fazenda, já que ela é uma reserva ambiental. O deputado disse ontem à Folha que a descoberta desse erro assegura uma melhor defesa sua junto à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. "Esse é apenas um item que serve para mostrar que as denúncias feitas pela CPI foram precipitadas e que faltou metodologia de trabalho nas subcomissões". O senador Jarbas Passarinho (PPR-PA), que presidiu a CPI, admitiu que a comissão pode ter cometido "dois ou três enganos", mas afirmou que isso não compromete toda a investigação. Lentidão O presidente da CCJ, José Dutra (PMDB-AM), voltou a reclamar ontem da lentidão com que o Senado tem enviado os documentos em que a CPI do Orçamento se baseou para propor a cassação de 16 deputados e um suplente. "Esses documentos são indispensáveis para o julgamento. Seria leviano decidir na dúvida, e qualquer dúvida só poderá ser tirada à luz dos documentos", afirmou Dutra. A CCJ vem pedindo a documentação ao Senado desde o dia 2. Esta semana, Dutra recebeu 39 volumes, mas, segundo ele, ainda falta muito. O Senado alegou que está tendo "dificuldades de ordem prática" para reunir todo o material da CPI. Manoel Moreira O deputado Manoel Moreira (PMDB-SP), um dos acusados pela CPI do Orçamento, ingressou ontem no STF (Supremo Tribunal Federal) com mandado de segurança em que pede mais prazo para se defender no processo de cassação. O prazo original deve se esgotar hoje, às 18h. O advogado Valmor Giavarina, que defende Moreira, alega que o deputado não teve acesso aos documentos que sustentam as acusações da CPI, e portanto não pôde preparar a defesa. Texto Anterior: Aeroporto obtém quórum Próximo Texto: Juro será arma contra abusos Índice |
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