São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 1994 |
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Juro será arma contra abusos
IVANIR JOSÉ BORTOT
O ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, decide ainda neste sábado com a equipe econômica as principais regras de conversão da URV para preços, impostos e salários. Será definido ainda o prazo de vida da URV como indexador. A equipe tem pressa em criar a URV como moeda para começar a mostrar os efeitos concretos de combate à inflação aliado ao uso da política fiscal. A Fazenda pretende utilizar câmaras setoriais para discutir os reajustes abusivos de preços. As câmaras serão formadas por representantes de sindicatos, fornecedores e as áreas da Receita Federal, Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Segundo a Folha apurou na Fazenda, a idéia de ameaçar os empresários com devassa fiscal, corte de crédito oficial e com punições através do Cade não será usada pela equipe econômica como principal alternativa no controle dos abusos de preços. É que o uso desses instrumentos só oferece resultados dentro de seis meses a um ano. A única alternativa para evitar de imediato práticas abusivas é uma política monetária restritiva. O uso da taxa de juro evitaria um aumento de consumo. Com os juros altos, as pessoas continuariam aplicando sua poupança no mercado financeiro ao invés de consumir bens. Texto Anterior: Receita reconhece que errou no IR de Aníbal Próximo Texto: Para FHC, não haverá inflação na nova moeda Índice |
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