São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 1994
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Três empresas entram na licitação das usinas

LUIS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Três consórcios apresentaram propostas ontem para participar da concorrência para a construção de duas usinas de incineração de lixo em São Paulo. Cada usina tem preço estimado em US$ 100 milhões e deverá processar 2,5 mil toneladas de lixo por dia. A capital produz 12 mil tonelada por dia.
Três empresas brasileiras, acompanhadas por três estrangeiros, formaram os consórcios. A Vega-Sopave, que atua na área de coleta de lixo, se associou à francesa Compagne Generale de Chauffe. A empreiteira Etesco se associou a De Bartolomeis, e a Enterpa, que também realiza coleta de lixo, entrou junto com a Von Rool America Inc..
Ontem também, o vereador Arselino Tatto (PT) entrou com representação no Ministério Público Estadual solicitando que a licitação seja investigada. Ele alega que a prefeitura usa no edital o critério do preço mínimo, ou seja, as empresas não podem oferecer propostas abaixo dos US$ 100 milhões determinados pela prefeitura.
Segundo Tatto, este critério fere a nova lei de licitações, que determina que a proposta vencedora seja a que oferece o preço mais vantajoso. Na sua representação, ele lembra que o governador Luiz Antonio Fleury Filho anulou, na semana passada, duas licitações da Eletropaulo que usavam o critério do preço mínimo.
Retaliação
O diretor-presidente da Splice, Antonio Beldi, afirmou ontem que a prefeitura ainda não pagou os US$ 600 mil referentes à coleta de lixo no bairro da Penha (zona leste) nos meses de dezembro e janeiro. Ele acusa o secretário Reynaldo de Barros de ter suspendido os pagamentos como forma de retaliação contra as liminares que a Splice recebeu em dezembro, suspendendo a licitação para a coleta de lixo domiciliar e hospitalar.
A assessoria de Barros informou que os pagamentos foram suspensos temporariamente porque a empresa passa por uma fiscalização, mas já foram liberados. (LHA)

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